Google + Jovem Foodie: laticínio
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5 de julho de 2012

Muçarela tem sabor diferente da mussarela?

HEIN?
Acha que a placa acima está errada? Pior que não, ela está absolutamente certa! O queijo, que vemos muito frequentemente no mercado sendo vendido como "mussarela", na verdade, tem sua grafia certa com "ç"!

"- Mas tava lá no mercado, com ss! E na caixa de pizza! Como assim, JovemFoodie?!"
Pela gramática brasileira, não existe "mussarela", mas como este jeito de escrever é o mais comum, por muitas vezes o erro nem é notado (e nem conhecido).
Os idiomas são fenômenos vivos, estão sempre em mudança e em constante adaptação. Para alguns autores, a mussarela já passa a ser considerada como uma alternativa correta, bem como a grafia mozarela,  mais próxima da "Mozzarella" italiana original.

Qual o motivo dessa diferença? E se é italiano, porque mozarela e muçarela?
É simples explicar: há uma convenção de tradução de palavras entre o italiano e o português que, quando há o duplo "z" italiano, este é convertido para o "ç" português. Como exemplos, podemos considerar as palavras "carrozza", "piazza" e "razza", que são traduzidas para carroça, praça e raça. Viu? Com ç!
Já a "mozarela" é mais simples ainda: não existe "zz" e "ll" em português, e estes viram o "z" e "l" simples.

Ainda tem a questão do produto em si: mozzarella deve ser feita de leite de búfala! O resto, não é mozzarella, pelo menos não na Itália. Já aqui no Brasil, onde até petit suisse é chamado de iogurte, essa regra não vale.
ê Brasil...

 Abraços Foodie, e com muçarela!

4 de julho de 2012

Iogurte

Apresentarei com uns colegas quinta-feira um seminário na faculdade sobre a produção industrial de iogurte. Hoje, tomado por esse espírito "Top Therm", resolvi falar um pouco sobre o iogurte.

Que o iogurte natural deveria ser consumido por todos diariamente é um fato: apresenta uma enormidade de vitaminas e minerais, fornece quantidades adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras, além de ser um aliado ideal ao bom funcionamento do intestino (e do metabolismo em geral). Para os intolerantes à lactose, o consumo do leite fermentado ou do iogurte é uma opção adequada para a ingestão dos micronutrientes citados - principalmente o cálcio.
 
Inventado por acaso na região do império Turco Otomano em cerca de 1500, teve origem da necessidade de transportar leite em longas viagens. O leite era armazenado em bolsas feitas de pele de cabra (chamados odres), e estas bolsas eram amarradas ao corpo do viajante. Então, durante o trajeto, o calor do corpo e as condições favoráveis da bolsa de pele permitiam que as bactérias presentes no leite fermentassem, dando origem ao iogurte. O nome deriva do adjetivo turco yoğun, que significa "denso". Curiosamente, os benefícios do iogurte eram conhecidos, e ele chegava a ser comparado a um elixir da juventude, mas seu sabor era considerado asqueroso, o que reduzia o consumo.

 
Hoje em dia, o iogurte produzido industrialmente é m
anejado em condições adequadas, para evitar qualquer gosto diferente do padrão. Temperatura, acidez e esterilidade dos aparelhos são exemplos de condições bem observadas para evitar características indesejadas (causadas pela proliferação de outros microorganismos ou de alterações na bioquímica do leite). Para ocorrer a fermentação, usa-se as bactérias lácteas Streptococus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus, que consomem a lactose e geram o ácido lático, mas pouco alteram nas quantidades de micronutrientes presentes no leite.
O consumo de iogurte no Brasil é muito baixo quando comparado ao consumo nos países industrializados. Por aqui, o tipo mais apreciado pelos consumidores é o com a adição de polpa de morango, e mesmo assim, o consumo se dá apenas pelas características do produto (sabor, etc), e não pelos benefícios à saúde.

Como são muitos, os benefícios do consumo do iogurte podem ser listados:

  • Apresenta os mesmos benefícios do leite: é fonte de proteínas, cálcio, zinco, vitaminas A e do complexo B;
  • Regulariza o metabolismo: atua na produção de anticorpos, hormônios e proteínas, o que também fortalece o sistema imunológico;
  • Pela alta taxa de cálcio, é ótimo para a manutenção da massa óssea (principalmente em mulheres acima dos 40 anos e idosos em geral);
  • A vitamina A presente no iogurte melhora a saúde da pele, da visão, das unhas e dos cabelos
  • As vitaminas do complexo B proporcionam energia e oxigenam as células
E o melhor: dá pra fazer em casa, é muito fácil e barato, e o resultado é saboroso!
A receita, você encontra neste post.

Abraços Foodie!
Fonte

3 de julho de 2012

Iogurte natural caseiro

Eu inverti a ordem das postagens. Primeiro deveria vir um post sobre o iogurte, e depois a receita, mas como eu quero explicar bem o assunto, vou "liberar" a receita logo do iogurte natural caseiro.

Ingredientes e materiais:

  • 1 litro de leite (integral, semi ou totalmente desnatado)
  • 1 copo de iogurte natural comprado no mercado (integral ou desnatado)
  • Termômetro culinário
  • Vasilha de vidro
  • Manta ou cobertor grosso

Modo de fazer:

Em uma panela alta, ferva o leite. Apague o fogo e deixe esfriar até cerca de 40°C (meça com o termômetro).
Transfira o leite para a vasilha de vidro e adicione o copo de iogurte natural. Mexa bem para misturar totalmente o iogurte no leite e tampe a vasilha. Envolva toda a vasilha no cobertor grosso.
Agora começa a fermentação do leite. Você deve deixar a vasilha coberta em um lugar fechado e quieto e que não esfrie muito durante 12 horas, ou de um dia para o outro se preferir, evitando mexer no pote durante este período. O forno (desligado!) ou o microondas são boas opções para "estufas" caseiras se não forem ser usados neste período, mas um armário já serve. Se quiser acelerar o processo, antes de colocar o iogurte para fermentar você pode aquecer rapidamente o forno, desligá-lo, e colocar o iogurte. Assim, o ambiente vai ficar mais aquecido.


Depois das 12 horas, você pode tirar o iogurte para levá-lo à geladeira, e adicionar o que quiser: frutas batidas, açúcar ou adoçante, refresco em pó, mel ou o que sua imaginação permitir. Se quiser repetir o processo, é só reservar um copo deste seu iogurte caseiro e usá-lo no lugar do comprado.


No post que deveria vir antes desse, eu comentei sobre um seminário sobre produção de iogurte que vou apresentar como trabalho da faculdade. Pra essa apresentação, Eu e Gabriel (colega da faculdade de Engenharia de Alimentos) fizemos iogurte no Laboratório de Tecnologia de Alimentos da UFRJ, para servir de prova na apresentação. As fotos aí: